Os defensivos naturais agrícolas fomentam discussões importantes no setor atualmente. O uso desses produtos já é comum no país e, em muitos casos, eles já substituem os agrotóxicos.
Entretanto, há alguns questionamentos sobre a real eficácia de tais compostos, não só para o trabalho defensivo a que se propõem, mas também em termos de sustentabilidade. Afinal, os produtos naturais realmente agridem menos o meio ambiente e permitem um maior cuidado com a utilização de recursos?
O que são os defensivos naturais agrícolas?
Na tentativa de oferecer mais segurança alimentar à produção e reduzir os riscos de perda na lavoura, os defensivos naturais agrícolas são uma alternativa aos agrotóxicos — que são produzidos muitas vezes com produtos químicos pesados que nem sempre são indicados para posterior consumo ou até mesmo para a saúde da plantação.
Já o tipo de defensivo natural surge como alternativa mais saudável, englobando muitas possibilidades de utilização e proteção da lavoura. Eles são divididos em alguns tipos:
Controle biológico de pragas
Entram nessa categoria os produtos que envolvem a utilização de microbiológicos, como as bactérias e os fungos, e de macrobiológicos, como predadores ou parasitóides.
É o caso, por exemplo, da vespa chamada de trichogramma — conhecida por sua eficiência contra a helicoverpa armigera — cujos ovos, quando colocados dentro dos ovos de algumas pragas, permitem que o inseto se alimente do conteúdo e impeça o nascimento das lagartas.
Bioquímicos e semioquímicos
Quando não estamos falando de controle biológico, o restante dos defensivos naturais agrícolas são sintetizados em organismos e entram em uma dessas duas categorias.
Em resumo, os semioquímicos são baseados em feromônios — substâncias que ajudam os seres vivos a se comunicarem — e bioquímicos — aqueles produzidos por meio de extratos vegetais, como o de nim. Já existem, também, alguns produtos feitos com base em fontes minerais.
Os defensivos naturais são mais sustentáveis?
Apostar em defensivos naturais agrícolas é, sim, uma opção mais sustentável em diversos pontos. Desde a questão principal, com o meio ambiente, até um desenvolvimento mais sustentável da sociedade como um todo. Ainda mais no Brasil, que é um dos principais consumidores de agrotóxicos do mundo.
Além de oferecer mais segurança à cultura e ao consumidor, os produtos naturais ainda são uma alternativa mais acessível para a agricultura familiar, que pode apostar até mesmo em receitas caseiras para proteger suas plantações.
Também é uma boa escolha para os produtores que focam em uma cultura orgânica, pois podem defender sua lavoura sem utilização de produtos químicos mais pesados, que vão contra a filosofia e processos característicos da produção.
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