A classificação dos defensivos agrícolas — também conhecidos popularmente como agrotóxicos — é essencial para separar as substâncias por seus objetivos e grupos químicos e, em outro patamar, para auxiliar no diagnóstico de possíveis infecções causadas aos humanos por uso excessivo destes produtos.
São muitos os tipos de defensivos, mas alguns merecem maior atenção. Confira este artigo e entenda!
Classificação dos defensivos agrícolas — quais os principais tipos?
Quando falamos da classificação dos defensivos agrícolas, existem alguns tipos de substâncias que são mais comuns — com exceção dos naturais, que entram em outra classificação. Veja a lista abaixo:
Inseticidas
Como o nome diz, eles combatem insetos, larvas e formigas na plantação. Podem ser relacionados a quatro diferentes grupos químicos:
I - piretróides — apresentam estruturas semelhantes às das piretrinas, presentes nas flores do Chrysantemum;
II - carbamatos — têm sua origem no ácido carbâmico;
III - organofosforados — vêm do ácido fosfórico, tiofosfórico ou ditiofosfórico.
Herbicidas
Essa classificação dos defensivos agrícolas diz respeito às substâncias utilizadas para combater ervas daninhas. Os principais são:
I - glifosato;
II - paraquat;
III - pentaclorofenol;
IV - dinitrofenóis.
Fungicidas
Combatem os fungos que podem causar algumas doenças nas plantações. Suas classificações químicas mais comuns são:
I - hexaclorobenzeno;
II - captan;
III - trifenil estânico;
IV - etileno-bis-ditocarbamatos.
Classificação por nível de toxicidade
O nome agrotóxico, empregado para definir os defensivos agrícolas, não é em vão. Eles podem ser classificados pela ANVISA por seu grau de toxicidade em animais.
São quatro classes definidas graficamente por uma faixa de determinada cor no rótulo do produto.
I - extremamente tóxico - faixa vermelha;
II - altamente tóxico - faixa amarela;
III - medianamente tóxico - faixa azul;
IV - pouco tóxico - faixa verde.
Essa avaliação leva em conta diversas possibilidades de doenças e enfermidades causadas pelo excesso do produto no organismo humano. Produtos com riscos de causar câncer, problemas reprodutivos ou qualquer tipo de mutação não podem ser registrados nem comercializados.
Classificação por tipo de ação na praga
Todo o mecanismo de ação deve ser explicitado para que haja uma classificação dos defensivos agrícolas tanto químicos quanto biológicos por meio de tal quesito.
Eles estão expostos na regulamentação dos comitês de ação de resistência aos produtos: FRAC (no caso dos fungicidas), IRAC (dos inseticidas) e HRAC (dos herbicidas).
Periculosidade ambiental
A classificação por periculosidade ambiental é feita pelo IBAMA, que deve avaliar periodicamente os produtos para estabelecê-la. É similar àquela feita pela ANVISA, mas leva em conta fatores de impacto no meio ambiente.
I - altamente perigoso ao meio ambiente;
II - muito perigoso ao meio ambiente;
III - perigoso ao meio ambiente;
IV - pouco perigoso ao meio ambiente.
Isso é definido por meio de estudos que, além de envolverem diversas espécies de organismos e microrganismos não alvo (que não deveriam ser impactados pela ação do defensivo), também estão relacionados à solubilidade em água, volatilidade e biodegradação em solos.
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